Bionic Commando Rearmed

"Diversão das antigas com cara nova"

Quando o meio de transporte favorito dos protagonistas de videogame era o salto olímpico de 10 metros, um estranho herói surgiu no Nintendinho. Nathan "Rad" Spencer não era o grande figurão do exército... em uma mudança surpreendente, sua missão era resgatar o famoso soldado Super Joe. Mas o maior susto viria quando os jogadores descobrissem que o jogo não tinha um botão de pulo! Ao invés disso Spencer devia usar seu braço biônico extensível para se pendurar e balançar entre plataformas. Esse difícil game do NES virou clássico cult, mas ao contrário de outros títulos da Capcom, só recebeu uma outra versão - algo que a empresa se prepara para compensar em dobro agora.

Rearmed é um mais-que-remake do clássico do NES, modernizando não apenas gráficos e música, mas também a trama e a jogabilidade - mas sem nunca comprometer os aspectos básicos que trazem boas memórias até hoje. Feito pela mesma empresa que está atualizando Bionic Commando em 3D para a nova geração, Rearmed é uma homenagem e ao mesmo tempo uma modernização que respeita o original.

Assim como acontecia no original, jogadores devem navegar entre as fases passando por um mapa geral que é vigiado por veículos, precisando ser completados antes de se encarar novos desafios. Cada fase está sendo guardada por uma série de soldados e um chefe totalmente repensado para esse remake. Mas o desafio não está em lutar contra a maioria dos inimigos, que sinceramente é bem fraca - mas sim em navegar pelo ambiente, trabalhando com a restrição da falta de pulos. Uma série de segredos e terminais computadorizados está escondida pelas fases, incentivando você a se esforçar para conseguir vidas extras ou novos brinquedos para causar mais caos.

Assim como aconteceu no Nintendinho há muitos anos atrás, jogadores vão suar um pouco para se acostumar com a falta de um botão de pulo. Se tornar um mestre do braço biônico não é uma tarefa fácil, e provavelmente vai assustar qualquer jogador mais casual. Mas no decorrer das fases você vai aprendendo as minúcias de como ultrapassar obstáculos, descobrir o timing durante as quedas e adquirindo novas habilidades que facilitam a sua vida. É esse processo antigo e quase esquecido do mundo dos videogames que brilha tanto nesse remake.

Enquanto muitos remakes de clássicos são baseados em jogos relativamente pequenos e apenas com algumas mudanças, Bionic Commando Rearmed se separa pelo grau de recriação e respeito ao material-fonte. O sistema de Continues foi refeito para ser menos frustrante, inúmeros segredos foram adicionados e os chefes foram inteiramente refeitos. Enquanto isso, a música e os fundos foram refeitos do zero... mas não sem trazer enormes flashbacks do original (com especial destaque para a música, que consegue ser moderna e ainda trazer excertos integrais do material original).

Se tudo isso não bastasse, Rearmed ainda traz alguns extras de peso. Uma modalidade cooperativa para dois jogadores (offline), competitiva para até quatro participantes (também offline) e uma série de desafios que farão qualquer um arrancar os cabelos, mesmo aqueles que já zeraram o game com um pé nas costas. Levando em conta que a Capcom está cobrando apenas 10 dólares (15 pela versão para PC), isso é uma verdadeira pechincha.

Bionic Commando Rearmed tem como sua única contra-indicação o fato de se basear em uma mecânica de jogo extremamente avançada, que requer dedicação para que você se divirta. Mas se você sente falta da Era de Ouro hardcore, resgatar Super Joe pode ser a injeção de ânimo que estava faltando.

Requisitos do Sistema
Processador: Pentium IV 2 GHz ou Athlon equivalente
Velocidade do processador: 2 GHz
Memória RAM: 512 MB
Vídeo: 128 MB
Direct3D: Sim
Versão do DirectX : 9.0c
Sistemas Operacionas : Windows XP, Windows Vista

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